Frambonella 2019 - Wild ale com chá preto com avelãs e framboesa
Frambonella 2019 - Wild ale com chá preto com avelãs e framboesa
A produção – Uma wild originada do blend de duas cervejas. Uma fermentação mista refermentada em barril de carvalho francês de tosta média com brettanomyses bruxelensys brasileira (Levtek B1) e pediococcus indigina do barril, teve início de sua produção em outubro de 2018. Outra, uma lambioca refermentada em barril de carvalho francês de tosta média com leveduras e bactérias belgas, uma seleção de propagações de geueze Tilquin (2016/2017) e geueze 3 Fontain (2016), e propagação da lambic De Cam (2016), e teve sua produção iniciada em julho de 2017. Ambas são refermentações da mesma base usa usada Cozalinda em todas as suas cervejas, uma ale fermentada com levedura saccharomyces cerevisiae saison feita com malte de cevada, trigo laminado, aveia laminada e tapioca.
A parte refermentada brett brasileira, teve sua refermentação em barril terminada em maio de 2019, quando recebeu infusão por um mês de um chá preto com avelã. A base refermentada com propagações belgas, terminou sua refermentação em novembro de 2018 e recebeu framboesa orgânica da Serra Catarinense no mesmo mês. Permaneceu com as frutas até janeiro de 2019, posteriormente transferida para outro fermentador onde terminou sua refermentação em maio de 2019. O blend entre as duas cervejas foi realizada em junho de 2019 e envasada em 8 de julho de 2019. Após envase, a refermentação durou aproximadamente 3 meses e meio. Essa cerveja estava planejada para ser a segunda cerveja do clube, mas refermentou primeiro na garrafa por conta de suas leveduras belgas.
O projeto – O projeto desta cerveja, inicialmente, era para ser apenas uma fermentação mista com infusão de chá preto com avelã, porém, ao testar informalmente o blend com essa cerveja que estava disponível, encontrou-se blend que ficou maravilhoso e acabou adotando esse para o clube. A ideia de adicionar fruta ao blend de uma cerveja com infusão de chá, influenciou a mudança, também, da próxima cerveja do clube.
Sensorialmente – No aroma, a framboesa vem em primeiro plano, em segundo plano, a avelã aparece. Em torno destes dois atores principais, a união de uma base mais cítrica (trabalho da brett brasileira), unida a rusticidade da “selvageria” da base belga, entrega complexidade. Com a presença do avelã, uma sensação de corpo maior, porém, uma cerveja seca e com grande drinkability. Planejada com uma carbonatação de média a alta, para ter certo frisante e ampliar a refrescância.
Serviço – Servir entre 8C a 10C. Deixar respirar no começo, leve sulfuroso pode aparecer, usar decanter é um bom método. Com aquecimento, diferentes complexidades vão aparecer. Taças de vinho são ideias para o serviço.
Harmonização – Cerveja extremamente dinâmica, vai bem com sobremesas com frutas vermelhas ou frutas cítricas, claro, com algo que leve nutella, casará muito bem. Vai bem com carnes vermelhas mais tenras de gado. Carne suína e de pato são excelentes opções. Para peixes, procure os mais gordurosos, como garoupa. Preparações com pimenta preta, nozes, podem ser boa pedida. Sushi, outro casamento muito bom, principalmente com atum.
Como guardar – Cervejas que tendem a aumentar a carbonatação com o tempo, mas com tempo de guarda alto. Manter em ambiente fresco e longe da luz, preferencialmente refrigerado, mas não necessariamente. Acreditamos que o tempo de guarda supera o prazo de validade na garrafa.
Mensagem do Cervejeiro/Blender – Aproveitem bem a cerveja, projeto de quase dois anos. E apesar dos dois anos de projeto, pode se falar que a cerveja ainda pode ser considerada jovem. São cervejas que não podem ser apressadas, e com mais tempo, melhor ficam, aproveitem!
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