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Pedras do Itaguaçu – Lambioca

Pedras do Itaguaçu – Lambioca – Safra 2019/2020

Outubro marca o lançamento da segunda safra em garrafa da Pedras do Itaguaçu – Lambioca, nosso projeto com leveduras selvagens brasileiras e catarinenses. A última edição desta cerveja com venda em garrafa ocorreu apenas na safra 2017/2018. Na safra 2018/2019 foi vendida apenas em chopp.

A cerveja e a origem do nome

O nome vem de uma antiga lenda de Floripa. Descrita na obra de Franklin Cacaes, escritor transcreveu as antigas histórias e tradições orais da região, descreve um acontecimento curioso.

Em uma determinada noite, as bruxas da região resolveram dar uma festa, convidaram colegas macabras de diferentes partes de Florianópolis. Convidaram, de acordo com os nativos, não apenas as bruxas, mas todos os monstros que sempre atormentaram os habitantes locais. Lobisomem e a mula sem cabeça estavam por lá, por exemplo. Mas com uma ausência sentida, o Diabo. Dizem às más línguas, que não fora convidado por cheirar mal. Cheirar enxofre.

Não acabou bem. Reza a lenda que na noite da festa, uma linda noite de lua cheia azulada que iluminava a Baía Sul, o Diabo apareceu de surpresa. Bufando, gritou com todos e os amaldiçoou. Pelo não convite, transformou todos e todas em pedras. Pedras que até hoje se encontram no mesmo lugar, e que em noites de lua cheia, se ouve sussurros, gritos abafados e risadas escabrosas das bruxas e todos os monstros aprisionados nas pedras.

As Pedras? As famosas Pedras do Itaguaçu, na Praia das Palmeiras, hoje bairro do Itaguaçu no continente de Florianópolis. E vejam, praia vizinha a qual onde ocorreu o nascimento da Cozalinda: a Praia do Meio, em Coqueiros.

E a Pedras do Itaguaçu – Lambioca é, também, uma festa das bruxas: de diversas leveduras Brettanomisys Bruxelensis e de outros monstrinhos, como bactérias e outros microorganismos que possam aparecer. Nesta cerveja específica, nossa intenção é descobrir ano a ano o que a selvageria belga, somada a nossa selvageria, produziria em temperaturas de Floripa. Mas diferente do Diabo, aprisionamos essa festa das bruxas em garrafas que neste outubro de 2020, será lançada.

Sensorialmente falando…

O resultado desta festança são cervejas que trazem um toque de rusticidade que lembra as gueuzes e lambics, mas com um resultado muito mais tropical. Turva, dourada, de corpo baixo, seca, carbonatação de média a alta, é rica e complexa, mas extremamente balanceada, tem diferentes tipos de acidez, aparecendo de forma muito bem encaixada. O funk e diferentes notas rústicas, tão comum nas espontâneas belgas, aparecem em sintonia com uma acidez tropical que lembra muito abacaxi e outras frutas cítricas amarelas e brancas. Complexidade associada a uma excelente drinkabilidade, com retrogosto refrescante, mas que não deixa sumir a complexidade. Uma cerveja para desgustar com calma ou tomar despreocupadamente na beira do mar, olhando para as Pedras do Itaguaçu, lá na Praia das Palmeiras.

Lembrete importante!

Muito importante: não é uma lambic! Denominamos cervejas derivada desta técnica de lambioca, o que significa que, produzimos uma wild ale onde sempre usamos mandioca na receita (em forma de tapioca) e microorganismos selvagens locais e da Bélgica. Aplicamos essa denominação para melhor representar o produto, além do mais que lambics e gueuzes só podem ser produzidas na Bélgica.

Produção

Mosto produzido em outubro de 2018, refermentou em barricas de carvalho frânces por meses, de outubro de 2018 até meio de dezembro de 2019 (nesta safra foram 13 meses e meio). Envasada em dezembro de 2019, refermentou em garrafa até fim de setembro de 2020. Tudo ocorrendo em temperatura ambiente, proporcionando uma personalidade única e a cada ano se modifica, retratando o que as variações de temperatura do período na Grande Floripa podem influenciar no trabalho dos microorganismos.

Volume produzido

Nesta edição o blend executado usou dois barris, o 12 e 10. O lote é de 800 garrafas de 375ml e 50 de 750ml. Garrafas de 750ml serão liberadas após processo de champenoise estiver completo.

Dados técnicos

Teor alcoólico: 5,7%

Amargor: 9 IBU

Temperatura de serviço: de 4 a 8 graus célsius.

Serviço: Mesmo serviço aplicado para lambics. Servir sem levedura.

Taça: ISO ou taça para vinhos tintos

Ingredientes: Malte de cevada, trigo, aveia, mandioca, água, lúpulo e microorganismos adequados para essa produção.

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